” Sinto-me pequenina e impotente. Estou esmagada entre tanta informação…vem de todo o lado e não consigo escapar-me…a impotência, a leveza e a transparência. Não tenho corpo. Tenho pele fina, fria. Não sei o que é melhor: adormecer ou ficar dormente. Vale a pena o esforço? Vale a pena lutar? Há dias que sim, mas há outros…esmagam-me as injustiças, esmagam-me os radicalismos, a indiferença, a banalidade de tanta maldade…qual o meu propósito? Para onde me encaminho? Preciso dessa tal luz, podia ser a de um pirilampo até…já ficaria com um brilho diferente nos olhos que não fosse das lágrimas…dói-me a alma. Não sinto nada, não, nem sinto dor…e custa-me não me doer, porque assim, nem sei se existo.”
retalhos de vidas, I